sábado, 8 de junho de 2013

É preciso diálogo. "O Arroz de Palma" - Francisco Azevedo.

Acredito no diálogo. Sempre acreditei. Mesmo no mais duro, no mais áspero, ponho a minha fé. Na busca sincera do entendimento ou do convencimento, admiro as falas de cada um. A palavra certa no momento exato, o xeque-mate. Ou o discurso equivocado, mas cheio de verdadeira paixão. O falar pausado ou o desmedir a voz. O adicionar o choro, o recorrer ao berro. O calar súbito que surpreende e o recomeçar no tom baixo que desarma. Reconheço até que o chutar o balde faz parte do diálogo. Permite às vezes que a conversa vá adiante. 
Tudo vale quando se quer chegar ao outro honestamente.

sábado, 16 de março de 2013

O primeiro dentinho

Finalmente caiu! A espera foi longa, ansiosa, acompanhada de perto por várias idas ao espelho do banheiro. E assim, aos 7 anos e 1 mês, caiu o primeiro dentinho de leite do Guga, o dentinho 81 (mãe-dentista dá número aos dentes, não tem jeito). A alegria foi enorme! Maior até do que o susto, já que o dente caiu com um pequeno empurrãozinho da mamãe -- fio dental, nózinho, e puft! -- a pedido do próprio.

Foi logo falando que não queria se desfazer do dente pra fada nenhuma! Preferiu guardar aquela preciosidade como recordação de um momento tão importante! Claro que acabei deixando um dinheirinho embaixo do travesseiro, e apesar de ter olhado pra mim com aquele olhar de  -- "Eu sei que foi você", Guga confirmou por aí que recebeu a visita da Fada.

As idas ao espelho do banheiro continuam, claro! Agora para acompanhar o crescimento do dente permanente que está ocupando o lugar vazio (o dente 41!).

E após 2 dias de atenta observação, ele disse:

      "Mãe, tô adorando ficar sem dente! É uma fase nova da minha vida que começou pra mim!"

Agora me diz, tem preço?!