quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

2015 que se foi

Faz tempo que não passo por aqui, mas como de costume, ao menos um post de final de ano gosto de registrar. Mesmo que este tenha sido um ano tão difícil para o Brasil e para o mundo: Lava Jato, Estado Islâmico, Samarco, Eduardo Cunha, Zicka... Um ano que ficará infelizmente marcado por tantos acontecimentos negativos.

Mas de novo, me pego fazendo um balanço do quanto evoluí como pessoa nesse ano que passou.

A idade tem dessas coisas, de fato. A gente vai ficando mais velho sim, com menos colágeno, mais rugas, cabelos brancos, mas certamente com mais tolerância, sabedoria, autoconhecimento...

Esse ano mergulhei fundo em mim mesma (comecei finalmente a fazer terapia), aceitei novos desafios (no campo profissional), realizei alguns sonhos (corri minha primeira meia maratona no Rio, uhuu!), expandi e fortaleci os laços de amizade (aquele velho cliché "amigos são a família que a gente escolhe"), e cresci muito ao lado dos meus filhos e meu marido.

E se olhar por esse aspecto, não tenho como dizer que não foi um ano bom. Foi sim. Aprendo tanto a cada dia com as pessoas que me rodeiam e comigo mesma, sobre amor, sobre solidariedade, sobre respeito, sobre limites.., Esse foi um ano em que aprendi a respeitar mais os meus limites. A me dar somente àquilo que me faz bem, que vale a pena, que faz a diferença na minha vida ou na dos outros. Foi o ano que aprendi que não dou conta de tudo. E aprendi a pedir colo. E lá estava o meu colo, me esperando, acolhedor. Meu marido foi a minha fortaleza. E depois de um período turbulento da nossa relação, reencontramos nosso caminho e 2015 veio fortalecer os nossos laços e nosso propósito nessa vida, que essencialmente é estarmos juntos.

Esse meu ano é seu, Gordo. Obrigada por me apoiar e me colocar no colo todas as vezes que preciso. Te amo.


sábado, 28 de março de 2015

About Cinderela

João e Guga estão hoje com 11 e 9 anos de idade, respectivamente, e foram intimados a me levar ao cinema para assistir Cinderela. Afinal, eu mereço depois de tantos Transformers, Ninjas Lego, Vingadores,  etc.. né?!

Para minha surpresa (e choque!), o Guga NÃO conhecia a história da Cinderela!!! Pois é… caí na cilada dessa nossa sociedade machista onde menino que é menino não pode ler contos de fadas de princesas…

Bem, vergonha de minha parte à parte, foi bonito de ver a reação dele a uma história tão pura, que fala de valores e de amor.

A certa altura do filme, quando o rei estava à beira da morte, e depois da Cinderela já ter perdido pai e mãe, Guga me puxou e sussurou no meu ouvido:

- Mãe, eu não sabia que essa história da Cinderela era tão triste. Eu já até chorei em uma parte.

Surpresa, perguntei a ele em qual parte, ao que ele respondeu:

- Naquela que ela não consegue ir ao baile por causa da madrasta.

Me emocionei muito com a sensibilidade dele. Mesmo aos 9 anos (não é mais um "bebêzinho"), e com toda a pressão dessa sociedade machista, ele é capaz de se deixar levar por uma bela história de amor.

Meu Guga tem alma de poeta.

ps: Enquanto isso...
     - E aí, João, gostou do filme?
     - Mãe, tá brincando, né?! Pior filme da minha vida!

     É a adolescência batendo à porta da minha casa...