quinta-feira, 4 de abril de 2019

ARCTIC MONKEYS - RJ - ABR/2019

Tenha filhos. Leve-os a shows de rock. Curta esse ponto de convergência de gostos e programas que ocorre em dado momento da vida. E guarde esses momentos eternamente





quarta-feira, 14 de março de 2018

O sensível e o gaiato

Esse post é sobre meus filhos João e Guga, hoje com 14 e 12 anos respectivamente.
E sobre o principal traço da personalidade de cada um deles. Aquilo que os faz únicos na dinâmica dos nossos dias. Que os caracteriza.

Mas antes de mais nada, pra entender o post, é necessário assistir
a esse vídeo aqui ó 👇



Viu? Então tá. Pule um parágrafo.

Não viu? Ah, deixa de preguiça e aperta o play ali, vai?
Além de estar perdendo uma ótima interpretação e leitura do livro A Parte que Falta, de Shel Silverstein, você não vai conseguir acompanhar o que vou escrever a seguir.
Volta lá que eu espero.

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Bem, quando vi esse vídeo da Jout Jout, decidi que queria que esse livro morasse em algum cantinho da minha casa. Queria tê-lo por perto pra ler em diferentes momentos da vida. Pra ler com a família. Com os amigos. Os amigos dos filhos e os amigos dos amigos.

E quem sabe, com isso, contribuir para que essa filosofia do "TUDO BEM FALTAR ALGO NA SUA VIDA" se espalhe e vire algum dia senso comum. E que com o tempo (mesmo que bem, bem distante), esse pensamento consiga diminuir ao menos um pouco a ansiedade e a insatisfação que moram dentro de cada um de nós.

Enfim, enough sobre o livro em si porque o post aqui é sobre os meus filhos.

Corri pra uma livraria online porque o livro estava esgotado nas lojas físicas e comprei meu exemplar, toda feliz.

Ontem, quando o livro chegou, eu já tinha em mente a dinâmica que faria em casa para apresentar essa obra que tanto me emocionou para a nossa família. Repeti com os meninos exatamente o que fez a Jout Jout em seu canal, quando recitou (uso o verbo recitar porque o livro é poesia pura) aquelas palavras, sem resenha, sem preâmbulo, sem introdução nenhuma.

Queria ver se eles seriam capazes de captar a mensagem do livro nessa idade tão indefinida e confusa, em que não são nem mais crianças (e daí a pureza poderia ter se perdido), nem ainda adultos (quando já tocamos a vida tão no automático que às vezes não paramos para perceber os detalhes, nessa mania de rolar rápido demais...)

E eis que tive, nesse momento família, a perfeita noção do principal traço da personalidade de cada um dos meus filhos e que os faz tão únicos e especiais.

Em primeiro lugar, importante dizer que a reação inicial dos dois foi:

- Sério, mãe?! Livro de criança?! Que saco, hein! -- nem tudo são flores...

Mas insisti. Afinal, democracia aqui em casa só quando me interessa 😏

Lá pela metade do livro, quando o Pac-Man (não é igual a um Pac-Man, gente?!) passa por poucas e boas, encontra minhoca, passa besouro, cantarola, sobe montanha, desce montanha... parei e perguntei:

- Meninos, vocês estão entendendo o que tá acontecendo aqui? -- não sabia nem se estavam prestando atenção, quiçá entendendo o que se passava naquela historinha aparentemente tão boba.

João deu de ombros (quanto mais adolescente, menos se quer dar o braço a torcer, né? Quem nunca?).

Mas Guga respondeu:

- Sim, mãe. É a vida. E seus desafios. -- disse assim, na lata, em poucas palavras, sem afetação. Como se estivesse dizendo algo tão óbvio, mas que na verdade, sabemos que pra muitos, tão mais velhos (experientes), não é.

Pausa pra emoção dos pais (a essa altura, Gordo já tinha se juntado a nós, percebendo que esse seria um daqueles momentos que íamos querer recordar sempre).

Segui mais um pouco na leitura e quando cheguei no trecho que o Pac-Man encontra uma parte pequena demais, João me interrompe subitamente e solta:

- Ah, mãe... o nome disso aí que rolou agora é pedofilia, hein...

Gargalhada geral.

O papo todo pós-leitura foi gostoso, mas o que marcou esse momento foi que de agora em diante, quando alguém me pedir pra descrever os meus filhos em uma palavra, vou indicar esse post aqui pra que entendam o que quero dizer quando falo que João é meu gaiato e Guga a sensibilidade em pessoa.

Fica então o registro para a posteridade.

Amo de doer.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Rio, cidade sitiada

Voltei a morar no Rio em 2010, após uma temporada na capital paulista que durou 6 anos. Eu estava lá em 2006 quando a maior cidade do Brasil simplesmente parou, em plena segunda-feira, dia útil, por ordem do PCC. Escolas fecharam, trabalhadores voltaram pra casa (muitos a pé porque o transporte público também se recolheu diante das ameaças), e às 19h o silêncio da cidade era assustador. Naquele dia, 3 em cada 10 estudantes não foram às aulas. Por medo. E eu também tive muito medo.

Hoje, onze anos depois, na turma do meu filho mais velho que está no 8º ano de uma escola particular tradicional de Botafogo, apenas 4 de 35 alunos compareceram à aula. Isso porque o Rio amanheceu com as notícias de tiroteios intensos em diversos pontos da cidade. Na Rocinha, na Vista Chinesa, no Complexo da Maré, no Alemão, no Morro Santa Marta, nas ruas do bairro onde moro, na rua da escola onde meus filhos estudam... As notícias começam a chegar pelas redes sociais, e enquanto alguns compartilham histórias sem checar a veracidade dos relatos, outros banalizam e chamam de "histeria coletiva" desnecessária o pavor que toma conta das pessoas diante da violência que assola nossa cidade... E eu voltei a ter medo. 

A verdade é que de uns tempos pra cá ando cada dia com mais medo nessa cidade dita maravilhosa, onde a minha rotina já se alterou bastante desde 2010 quando pra cá voltei. Alguns dizem que o Rio sempre foi assim, e que agora só ficamos sabendo mais das notícias por conta das redes sociais. Está pior sim, gente, vamos encarar! Vejo acontecer ao meu redor, com amigos, conhecidos, familiares, no meu bairro, na minha rua, na rua onde trabalho, comigo. E tenho (muito) medo.

Fico observando, com olhos de quem já morou fora dessa loucura, como os moradores do Rio se acostumam com a violência. Recebi mensagens hoje que diziam coisas como "ah, tá super tranquilo, foram só alguns tirinhos de manhã, nem foi isso tudo que estão dizendo" e "vou mandar meu filho pra escola e só avisei a ele pra ficar na sala na hora do recreio. Tranquilo!".  E assim prosseguimos por aqui... indo ao Rock in Rio evitando passar pela Rocinha, indo à praia evitando aquele trecho que sempre tem arrastão (afinal, quem continua frequentando lá tá pedindo pra ser assaltado, né??), e consultando aplicativos, Twitter ou Facebook que informam onde tem tiroteio na cidade antes de sair de casa. Desculpa, mas isso não é normal, é tática de sobrevivência e tentativa de manter rotina, mas não, amigos, não é normal. 

Aos pais que não querem sucumbir e tentam levar a vida normalmente, tendo inclusive ficado chateados por considerarem que a histeria dos demais pais atrapalhou a rotina escolar de seus próprios filhos, peço sinceras desculpas, mas hoje simplesmente tive medo. E com tiroteio, perdoem-me, não vou me acostumar nunca.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

2015 que se foi

Faz tempo que não passo por aqui, mas como de costume, ao menos um post de final de ano gosto de registrar. Mesmo que este tenha sido um ano tão difícil para o Brasil e para o mundo: Lava Jato, Estado Islâmico, Samarco, Eduardo Cunha, Zicka... Um ano que ficará infelizmente marcado por tantos acontecimentos negativos.

Mas de novo, me pego fazendo um balanço do quanto evoluí como pessoa nesse ano que passou.

A idade tem dessas coisas, de fato. A gente vai ficando mais velho sim, com menos colágeno, mais rugas, cabelos brancos, mas certamente com mais tolerância, sabedoria, autoconhecimento...

Esse ano mergulhei fundo em mim mesma (comecei finalmente a fazer terapia), aceitei novos desafios (no campo profissional), realizei alguns sonhos (corri minha primeira meia maratona no Rio, uhuu!), expandi e fortaleci os laços de amizade (aquele velho cliché "amigos são a família que a gente escolhe"), e cresci muito ao lado dos meus filhos e meu marido.

E se olhar por esse aspecto, não tenho como dizer que não foi um ano bom. Foi sim. Aprendo tanto a cada dia com as pessoas que me rodeiam e comigo mesma, sobre amor, sobre solidariedade, sobre respeito, sobre limites.., Esse foi um ano em que aprendi a respeitar mais os meus limites. A me dar somente àquilo que me faz bem, que vale a pena, que faz a diferença na minha vida ou na dos outros. Foi o ano que aprendi que não dou conta de tudo. E aprendi a pedir colo. E lá estava o meu colo, me esperando, acolhedor. Meu marido foi a minha fortaleza. E depois de um período turbulento da nossa relação, reencontramos nosso caminho e 2015 veio fortalecer os nossos laços e nosso propósito nessa vida, que essencialmente é estarmos juntos.

Esse meu ano é seu, Gordo. Obrigada por me apoiar e me colocar no colo todas as vezes que preciso. Te amo.


sábado, 28 de março de 2015

About Cinderela

João e Guga estão hoje com 11 e 9 anos de idade, respectivamente, e foram intimados a me levar ao cinema para assistir Cinderela. Afinal, eu mereço depois de tantos Transformers, Ninjas Lego, Vingadores,  etc.. né?!

Para minha surpresa (e choque!), o Guga NÃO conhecia a história da Cinderela!!! Pois é… caí na cilada dessa nossa sociedade machista onde menino que é menino não pode ler contos de fadas de princesas…

Bem, vergonha de minha parte à parte, foi bonito de ver a reação dele a uma história tão pura, que fala de valores e de amor.

A certa altura do filme, quando o rei estava à beira da morte, e depois da Cinderela já ter perdido pai e mãe, Guga me puxou e sussurou no meu ouvido:

- Mãe, eu não sabia que essa história da Cinderela era tão triste. Eu já até chorei em uma parte.

Surpresa, perguntei a ele em qual parte, ao que ele respondeu:

- Naquela que ela não consegue ir ao baile por causa da madrasta.

Me emocionei muito com a sensibilidade dele. Mesmo aos 9 anos (não é mais um "bebêzinho"), e com toda a pressão dessa sociedade machista, ele é capaz de se deixar levar por uma bela história de amor.

Meu Guga tem alma de poeta.

ps: Enquanto isso...
     - E aí, João, gostou do filme?
     - Mãe, tá brincando, né?! Pior filme da minha vida!

     É a adolescência batendo à porta da minha casa...


sábado, 8 de junho de 2013

É preciso diálogo. "O Arroz de Palma" - Francisco Azevedo.

Acredito no diálogo. Sempre acreditei. Mesmo no mais duro, no mais áspero, ponho a minha fé. Na busca sincera do entendimento ou do convencimento, admiro as falas de cada um. A palavra certa no momento exato, o xeque-mate. Ou o discurso equivocado, mas cheio de verdadeira paixão. O falar pausado ou o desmedir a voz. O adicionar o choro, o recorrer ao berro. O calar súbito que surpreende e o recomeçar no tom baixo que desarma. Reconheço até que o chutar o balde faz parte do diálogo. Permite às vezes que a conversa vá adiante. 
Tudo vale quando se quer chegar ao outro honestamente.

sábado, 16 de março de 2013

O primeiro dentinho

Finalmente caiu! A espera foi longa, ansiosa, acompanhada de perto por várias idas ao espelho do banheiro. E assim, aos 7 anos e 1 mês, caiu o primeiro dentinho de leite do Guga, o dentinho 81 (mãe-dentista dá número aos dentes, não tem jeito). A alegria foi enorme! Maior até do que o susto, já que o dente caiu com um pequeno empurrãozinho da mamãe -- fio dental, nózinho, e puft! -- a pedido do próprio.

Foi logo falando que não queria se desfazer do dente pra fada nenhuma! Preferiu guardar aquela preciosidade como recordação de um momento tão importante! Claro que acabei deixando um dinheirinho embaixo do travesseiro, e apesar de ter olhado pra mim com aquele olhar de  -- "Eu sei que foi você", Guga confirmou por aí que recebeu a visita da Fada.

As idas ao espelho do banheiro continuam, claro! Agora para acompanhar o crescimento do dente permanente que está ocupando o lugar vazio (o dente 41!).

E após 2 dias de atenta observação, ele disse:

      "Mãe, tô adorando ficar sem dente! É uma fase nova da minha vida que começou pra mim!"

Agora me diz, tem preço?!


quarta-feira, 14 de março de 2012

Mãe Super-Poderosa

Recentemente descobri que tenho um super-poder. Minhas mãos são mágicas!

Elas têm o dom de acalmar meninos-agitados-que não-querem-ir-pra-cama-no-horário-certo com um simples toque dos meus dedinhos por seu rosto, cabeça e corpo. Possui algum exemplar desses em casa? Então procure ver se você também é super-poderosa.

Depois que aderi às sessões de shiatsu oferecidas no meu trabalho, aprendi que 15 minutinhos de massagem relaxante faz milagres.

Resolvi, então, adotar a prática aqui em casa, resgatando as técnicas de shantala que tinha aprendido quando ainda eram bebês, e que apesar de me lembrar bem que funcionavam, sei lá por que, deixei de lado ao longo dos anos.

Pois não é que por mais agitados que estejam, eles instantaneamente se acalmam, relaxam e dormem??? Juro!

Tenho ou não tenho super-poderes?? #ficaadica

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

"The Help" - "Histórias Cruzadas"

Sim, sou uma manteiga derretida!
Choro ao menor estímulo, me emociono facilmente.
Mas hoje não fui só eu que me derreti assistindo ao filme "Histórias Cruzadas"-- que apesar de não traduzir em nada o seu título original em inglês, "The Help", traduz muito bem o sentido do filme. Quando as luzes se acenderam no cinema, não só as mulheres estavam fungando, mas também vários homens tossiam tentando disfarçar o choro preso na garganta e as lágrimas que cismavam em brotar nos cantos dos olhos.

Eu, claro, me entreguei ao choro. Fiquei sentadinha, esperando todo mundo sair, assistindo aos créditos, assistida pelo meu marido, que já conhecendo bem a esposa que tem, sacou logo alguns guardanapos do bolso para ajudar a me recompor.

O filme é lindo. Conta uma linda (e verdadeira) historia passada na década de 60, no auge da segregação racial nos Estados Unidos, no estado do Mississippi, um dos estados mais conservadores (e racistas) daquele país. Uma jornalista, branca, idealista, resolve escrever um livro contando historias relatadas pelas empregadas domésticas negras da época, a partir de suas perspectivas em relação às suas patroas brancas. Apesar de ser um drama, o filme rende boas e gostosas gargalhadas!

O tema já foi abordado em várias outras obras, livros, filmes, e sempre, sempre me toca profundamente, por conta da crueldade e audácia de que o ser humano é capaz. Hoje não foi diferente.

A diferença é que esse filme nos lembra como nossas vidas estão intimamente ligadas às vidas de nossas empregadas, babás. Nossas ajudantes. The Help. Como nossas histórias são tão cruzadas. E como, apesar de passados tantos anos, muita coisa que ali foi retratada não mudou. As nossas ajudantes continuam vindo de longe, continuam pegando mais de uma condução, continuam ganhando salários baixos, utilizando um banheiro separado, deixando seus filhos de lado para tomar conta de nossos filhos e continuam sendo, em sua maioria, negras.

Não quero escrever aqui sobre racismo, nem quero criar polêmica, ou levantar qualquer bandeira. Longe de mim tentar ser hipócrita sobre esse assunto, já que assumo minha mea culpa em relação ao papel de "patroa" que desempenho nessa realidade.

Quero só registrar o quanto o filme me fez ver que preciso me esforçar muito pra continuar passando valores sólidos aos meus filhos, sobre a importância de respeitar o próximo, de fazer o bem, de querer bem a quem quer que seja, de não fazer distinção de cor ou classe social, de tratar o próximo como igual, sempre, e não julgar uma pessoa por sua aparência ou somente por sua posição social. (No filme, há uma personagem que faz o tipo "loira gostosona", que ao primeiro olhar poderia ser já taxada como fútil e vazia, e no entanto, era de uma pureza e bondade emocionantes. Sua personagem, e a interação com a personagem que fazia sua empregada, me tocaram muito.)

Em casa, temos uma preocupação especial (e natural) em relação a isso. Tanto eu como meu marido temos horror e ficamos indignados quando vemos cenas de desrespeito a garçons, porteiros, empregadas domésticas, caixas de supermercado... E como todos sabemos, estas cenas, infelizmente, não são raras. Ensinamos nossos filhos a dizer "obrigado", "por favor", "com licença" quando são servidos ou necessitam de algo. Minhas ajudantes sempre souberam o quanto são importantes em nossas vidas e fazemos questão que os meninos também tenham total consciência disso.

Mas hoje saí do cinema com a sensação de que tudo isso ainda é pouco, muito pouco. É preciso muito mais para criar uma nova geração de pessoas que se respeitem e que valorizem os serviços prestados por aqueles que atuam como nossos ajudantes, e que cruzam nossas vidas diariamente.

Foi essa a sensação. Não conseguiria dormir hoje sem colocar isso tudo pra fora.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Escola nova

2012 começou com novidades escolares na vida dos meus meninos. A primeira delas, foi o fato de, pela primeira vez, estudarem em escolas diferentes. Depois de muito sofrimento de nossa parte, já que eu e Gordo ficamos muito apreensivos sobre como seria para eles não estudarem no mesmo colégio, não houve como evitar.

Para nós, levará um certo tempo para ajustar a logística da entrada e saída, que acontecem ao mesmo tempo, a apenas 1,5km de distância de uma escola para a outra, mas com muito trânsito no meio do caminho.

Para o Guga, a novidade foi sua estreia no Ensino Fundamental! Está se sentindo "grande"! Queria até mochila de carregar nas costas (mas bati o pé e o convenci a continuar com uma mochila de rodinha) e quer comprar lanche na cantina toda sexta. Cedi a esse último pedido.... Afinal de contas, ele está mesmo crescendo.

Para o João, 2012 trouxe aquele friozinho na barriga do primeiro dia de aula em uma escola nova. Como nos mudamos de São Paulo pro Rio, isso não é novidade na vidinha dele, que aliás sempre tira de letra qualquer alteração em sua rotina. Mas é impossível escapar do friozinho na barriga que o primeiro dia de aula em uma nova escola pode provocar.

Um dia antes do início das aulas, teve reunião de pais da turma, e lá fomos nós (pai e mãe) conhecer a sala de aula, a professora, os outros pais... A turma é composta por alunos que estudam juntos desde o Jardim III, portanto todos já têm muita intimidade, para muitos, a amizade já ultrapassou os limites dos portões do colégio. Um grupo bem bacana!

Curioso foi o frio na barriga que EU senti (logo eu, macaca velha e escaldada no quesito mudança!), ao me reconhecer também uma novata naquele grupo já tão entrosado!

E esse blá blá blá todo foi pra dizer que quando olhei em volta, para aqueles pais que se cumprimentavam com tanto afeto, minha memória automaticamente remeteu às reuniões da primeira escolinha do João em São Paulo, a Villacor, onde conheci amigos que fazem parte da nossa historia desde o primeiro ano de vida do João até os dias de hoje. Amigos que nos acompanham apesar da distância, e que vão sempre fazer parte da minha memória "escolar".

Por um instante naquela reunião, olhei para os lados, e senti vontade de voltar no tempo, para aquela salinha de aula lá da Villacor, e poder reconhecer os rostos afetuosos daquele grupo tão querido. Meus olhos se encheram d'água e meu coração de felicidade, por ter passado momentos tão especiais ao lado dessas grandes amigas.

Sá, Bia, Duda, Dri, Dani, Cátia... esse post é pra vocês! Obrigada pelos momentos especiais que passamos lá naquela casinha pequenina que era a Villacor.

Ah, e só pra finalizar: o primeiro dia de aula do João foi ótimo! Um anjinho chamado Pedro, espontaneamente, se ofereceu para mostrar cada cantinho da escola a ele durante o temido 'primeiro recreio' . O tour passou até pela enfermaria, "caso você caia e se machuque jogando futebol" - disse o amigo. Acho que nasce aí uma bela amizade...

E Guga? Bem, esse tava em casa! Já se sente o dono da escola. Circula por ela com grande desenvoltura! E pela primeira vez não é o "irmão do João"... Não é que Deus escreve mesmo certo por linhas tortas?!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

2012

Eu sei, eu sei... Ainda estou  na véspera do Natal, portanto, deveria estar escrevendo um post sobre o que essa data significa pra mim.

Mas o que posso fazer se hoje acordei pensando em como será meu ano de 2012? Não sei se foi o lindo dia de sol, com um céu de um azul infinito, ou se foi mesmo o cansaço desse 2011 que me passou uma rasteira e tentou o nocaute (mas não conseguiu). Fato é que hoje quero deixar registrado o que quero (ou espero) do ano que está por vir.

Primeiro, e definitivamente, quero me desconectar um pouco das redes sociais. Elas acabaram tomando muito do meu precioso tempo esse ano que passou, e apesar da grande resistência que tive em admitir isso diante de algumas críticas de pessoas próximas, o apego pelo meu Iphone me privou de curtir momentos da vida real em sua plenitude. Então, esse é o primeiro passo. Hoje mesmo já acordei apagando do meu Iphone o Foursquare, o Facebook, o Soundtracking... Não quero mais saber quem tá ouvindo o que, onde e com quem.... Chega!

Quero olhar mais pro meu lado, pros meus filhos, sem ficar com aquela curiosidadezinha se alguém postou alguma coisa interessante nas últimas horas. O que importa mesmo mora bem mais perto de mim.

O único que restou, e esse fica pra sempre, é o Instagram. Porque esse não se trata de uma rede social qualquer. Através do Instagram, redescobri como é bonito o mundo ao meu redor. Minha vida ficou mais leve só de passar a perceber que as nuvens são tão encantadoras, que os pássaros nos fios de alta-tensão são tão poéticos e que a imagem vista do retrovisor do meu carro durante um engarrafamento pode criar um lindo efeito fotográfico e se tornar tão relaxante. Isso só pra citar alguns dos maiores clichês do aplicativo. O instagram despertou meu olhar pra fotografia, e esse eu quero que fique pra sempre. Até que se aprimore.

Taí... acaba de surgir um projeto para 2012. A fotografia. Como, de que forma? Ainda não sei. Mas fica como um dos planos.

Ano que vem, também quero aprender a organizar mais o meu tempo, passar mais (ainda) desse tempo ao ar livre com os meus filhos. 2011 foi atropelado, passou voando, do avesso. Coisas que jamais desejei aconteceram. Não quero repetir esse sentimento nem em 2012, nem em qualquer outro ano da minha vida.

Quero ser mais organizada. Não metódica. Apenas organizada. Esse ano foi totalmente contra minha natureza virginiana, e isso foi uma das grandes dificuldades que passei. Gosto de sentir que estou conseguindo ter o controle sobre as coisas que são de minha responsabilidade: casa, trabalho, filhos... Tudo se embolou, e quando percebia estava ultrapassando os limites de cada uma das áreas da minha vida. Portanto, taí meu segundo projeto: organizar as áreas da minha vida, aprendendo a viver com as limitações que cada uma delas (e todas elas juntas) me impõe e a usufruir tudo de positivo que cada uma delas (e todas elas juntas) me proporciona.

Esse não é pra ser um post de amargura ou ressentimento. Ao contrário. É um post de esperança, de amor, de felicidade. Porque no fim das contas, além de continuar tendo muita saúde (obrigada, Senhor), meu maior desejo para 2012 é ser muito feliz. Só isso. Porque ao contrário do que andam dizendo por aí, eu não acredito nem um pouquinho nesse tal de fim do mundo que está por vir. Pra mim, talvez seja exatamente o oposto. Um novo mundo que começa.

Ah, e 2012 também será o ano em que completarei uma corrida de rua de 10 km!!! Anotem aí!

Fecho o post com uma foto tirada por mim, e que gosto muito, da minha cidade linda, que não à toa é chamada de maravihosa! Feliz 2012!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Arrumando as malas pela 16a vez.

Sério. Acho que Deus, quando foi me colocar naquela trouxinha da cegonha, em direção à casa dos meus pais, soprou assim no meu ouvido:

-- Menina, você vai passar a vida se mudando de casa. Esse será o seu destino. Seu karma.

E assim me mandou, não à toa, a Boa Vista - RR, onde meus pais moravam quando me deram a luz. E daí começou a perambulação pelo mundo. De Roraima ao Rio de Janeiro, ao Piauí, de volta ao Rio, Niterói, Rio de novo (em dois endereços diferentes), Brasília, Flórida - EUA, Rio de Janeiro (dessa vez pode contar 5 mudanças !!!!), São Paulo (mais 2 mudanças), e Rio de novo, agora para um segundo endereço nessa passagem pela cidade. Ufa!

Cada mudança teve um sabor. Algumas sabor de novos ares, de otimismo, de esperança, de vida nova! Outras, poucas, de contragosto. Mas todas, sem exceção, sabor de saudade.

Quando me casei, pensei: agora acabou! Vou fincar minhas raízes em um único solo, como uma Mangueira ou um Jequitibá. E ali vou ficar até o fim da minha vida. Criar meus filhos debaixo da sombra da minha copa. Envellhecer ali, vê-los crescer, do mesmo lugar, e por fim, acolher os netos ainda sob a mesma sombra.

Ledo engano.

E por mais know-how que eu tenha acumulado, com esse histórico digno de uma cigana, a cada nova alteração de logradouro, tenho sentido uma dificuldade enorme em encarar a mudança com olhar de esperança de vida nova.

Pode ser que eu esteja, nesse exato momento, sob a influência do desânimo da visão das dezenas de caixas de papelão empilhadas pela casa adentro, à espera do transporte para seu novo local de residência, onde ficarão empilhadas por mais alguns dias ou semanas, até que se encontre o lugar exato para cada peça, cada papel, cada utensílio doméstico.

Pode ser que daqui a 1 mês (olha como estou otimista!), eu escreva sobre como estou adorando meu novo lar, a nova vizinhança e os novos pontos do bairro recém-descobertos.

Pode ser....

Mas já vou adiantando por aqui, que, infelizmente ou felizmente, essa não será a última mudança da minha vida. O apartamento não é próprio, portanto minha estadia por lá ainda será provisória.

Daqui a 1 mês retorno, já sem a visão das caixas sufocando a minha respiração. Quem sabe não retorno mais animadinha...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Como Deus aparece pra você?

Acabei de ler o livro Feliz por Nada, de Martha Medeiros em pleno vôo de retorno de uma viagem de trabalho. Esses momentos normalmente angustiantes de longas esperas em aeroportos e desconfortáveis horas nas poltronas dos aviões são amenizados pela leitura. Hábito que venho retomando, depois dos trinta e poucos anos, e que já vira um bom vício. 
Depois de concluir o livro, voltei pra crônica entitulada Quando Deus Aparece, na qual Martha pergunta aos seus leitores, ou seja, me pergunta diretamente, quando Ele aparece pra mim. 


Além da resposta mais óbvia -- dado que tenho dois filhos pequenos, que me fazem vê-Lo em tudo que fazem (pensando bem, nem em tudo), lembrei da última vez que senti Sua presença.


Foi nesse último sábado, durante a cerimônia de casamento de uma amiga querida, ao ouvir uma cantora lírica, de aparência mirradinha, entoar Ave Maria de forma tão espetacular que não só preencheu cada canto daquela paróquia como penetrou na alma. Tenho absoluta certeza que não foi só na minha.

O pensamento que tomou conta de mim naquele momento foi exatamente o descrito por Martha em sua crônica: -- Isso só pode ser obra de Deus.

Não sinto Deus em tudo que vejo ou faço, nem O sinto todos os dias da minha vida. Mas sou grata por senti-Lo vez ou outra. Me conforta. Por isso, agradeço a Deus pelas aparições,  e à Martha pela lembrança.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Os 7 anos do João!!!!


Meus meninos fazem aniversário com apenas 18 dias de diferença... e com isso, desde que Gustavo nasceu, comemoram juntos essa data festiva... Nada mais justo que, esse ano, eles ganhassem festinhas separadas, (atendendo a pedidos, claro!) Cada um ao seu estilo. E o estilo do João não podia deixar de ser o futebol! Foi uma farra, com direito a camiseta de time, medalha, troféu de campeão e artilheiro, juiz, e mais de 3 horas de futebol!!! Haja fôlego! As crianças não queriam parar nem para comer!! Foi demais!








 








Festa do Guga no Jardim Botânico

Os 5 anos do Gustavo foram comemorados da maneira mais gostosa possível. Reunimos alguns de seus amiguinhos mais próximos e a família em uma festinha ao ar livre, no estilo pic-nic no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Lugar mais lindo não há! A tarde estava ensolarada na medida certa, com direito até a brisa em meio a esse verão escaldante. Crianças descalças, correndo soltas pelo parquinho, decoração no estilo "do it yourself", e comidinhas deliciosas. Menção honrosa à equipe maravilhosa do Café Botânica, que foi atenciosa e receptiva do início ao fim da festa.