terça-feira, 24 de agosto de 2010

Você tem medo de que?!



Guga (4 anos) tem medo do escuro.
Eu também tinha... aos 4, ... aos 10, ... aos 15. Acho que meu medo do escuro só passou quando me mudei pra minha casa, sem meus pais, aos 17 anos. Antes disso, tinha medo. E é engraçado rever esse meu medo pelos olhos do meu caçula. Pego ele fugindo do escuro da mesma maneira que eu fazia quando era pequena. Quando percebe que não há ninguém por perto, apressa o passinho dentro de casa até um cômodo que esteja iluminado, ou que esteja habitado por outro membro da família. À distância, ouço seus passinhos apressados. E acho graça. Eu "disfarçava" o meu medo quando me aproximava de alguém, voltando à velocidade normal da minha passada. E ele faz o mesmo.
Também foge do escuro acendendo T-O-D-A-S as lâmpadas da casa no caminho que vai percorrer (e eu fazia o mesmo). A Light agradece!
À noite, fica mais difícil disfarçar o medo, porque pra dormir, é preciso apagar a luz. Mesmo com uma luzinha de abajur acesa, Guga sofre. E sofre mesmo. Já até confessou que à noite, quando não há adultos por perto, um tal de Bicho Tutu, de dentes afiados e nariz grande, aparece pra amedrontá-lo. 'Mas só quando os adultos não estão por perto', ele ressalta.
Resultado: eu ou Gordo ficamos ao seu lado até dormir, ou o irmão promete protegê-lo do Bicho Tutu enquanto está acordado. E assim vamos levando.
Gu, esse medo passa. E estamos ao seu lado para ajudá-lo a enfrentá-lo!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Efeito Copa


Sendo mãe de 2 meninos, e esposa de um seguidor do esporte, eu sabia que fatalmente chegaria o dia em que o assunto predominante da casa seria o futebol. Esse dia veio com a Copa do mundo da África do Sul!

João está com 6 anos e Gustavo com 4, e fico impressionada com a já evidente capacidade de guardar lances dos jogos, nomes dos jogadores, fatos e estatísticas.

Juro que acompanhei os jogos da Copa com afinco. Torci. Sabia os nomes dos craques das seleções... isto é, durante os 90 minutos de cada jogo. Após o apito final de cada disputa, minha memória um tanto quanto seletiva, opta, automaticamente, por deletar essas informações que passarão a ser inúteis daquele momento em diante para mim.

Mas não para os meninos, homens, seres do sexo masculino.

Hoje, no carro, vim ouvindo uma discussão ferrenha entre os 3 (isso mesmo, os T-R-Ê-S, eu fiquei só de ouvinte no percurso todo), sobre futebol. Falaram do gol de cabeça que o Puyol fez contra a Alemanha, garantindo a classificação para a final da Copa (Eu vi esse gol! Tava torcendo pra Alemanha. Não lembro!); sobre como o Gomez do Bayern de Munich é ruim; como o Furlan (quem mesmo?) é o craque favorito do Gustavo; e como o goleiro da Espanha, o tal do Casillas, é muito bom, melhor que o Júlio César, na opinião do experiente comentarista João, e blá, blá, blá, blá....

É, vou ter que treinar minha memória pra não ser tão seletiva assim no assunto futebol, ou ficarei fadada a muitos momentos de "ouvinte" nos papos da família de agora em diante.
Ainda bem que, juro, gosto de acompanhar futebol.